A família é um presente de Deus, a partir da sua criação. Deus disse: “Não é bom que o homem esteja só; farei para ele alguém que o auxilie e lhe corresponda” (Gn 2:18b). Assim estaria formado o primeiro casal, recebendo do Criador a orientação para a construção do relacionamento, que envolve o “deixar”, no sentido da dependência dos pais; o “unir-se à sua mulher”, em parceria e unidade nas decisões, no respeito mútuo e até na vida financeira; e o serem, então, “os dois uma só carne”, pertencendo um ao outro no cuidado e dedicação, resultando no sentimento de realização no bem do outro (Gn 2:24).

Mas a família parte do casal para além de si mesmo. Neste caso dá-se o cálculo matemático onde um mais um pode ser igual a três, quatro, cinco ou muito mais. E, falando em presente, podemos entender o valor destes presentes, quando conversamos com pais sobre as experiências mais significativas da vida e, invariavelmente, encontramos como resposta o nascimento dos filhos.

A riqueza de acompanhar as fases da vida deles é um presente de Deus. Cada uma dessas fases traz as suas alegrias e as responsabilidades que vêm a reboque. Primeiramente é o cuidado com a saúde, depois com as quedas, os objetos ao alcance das mãos, as brincadeiras vão se tornando mais arriscadas, os esportes, andar de bicicleta, subir em árvores etc. Os tipos de cuidado vão se adequando. As amizades, os horários, as escolhas que definem os rumos da vida.

No entanto, não estamos sós nesta jornada. A presença de Deus e a orientação da Sua Palavra são também um presente para nós. Saber que o autor da vida tem nos dado a orientação para que, não apenas nós, mas também nossos filhos saibam como se posicionar em todas as oportunidades que se nos oferecem.

Há, ainda, outro aspecto na família como presente de Deus para nós quando pensamos na nossa família de origem, nossos pais, irmãos, tios, primos, pessoas com as quais crescemos e muito aprendemos.

No segundo domingo deste mês de maio, dentre todos estes que têm sido presentes de Deus, destacamos a figura materna. Aquela que, antes mesmo de nascermos, já nos amava e cuidava. Trouxe-nos à luz, talvez suportando sofrimento, mas com a alegria da chegada do momento de tomarnos no colo, amamentar, ninar e continuar amando cada vez mais. E, apesar do trabalho que possamos ter dado nas fases de crescimento de que falamos há pouco, pudemos, sempre, contar com o apoio, ensino, cuidado e amor incondicional.

Louvado seja Deus pelo presente que é a família. Louvado seja Deus pelas mães e por todo o exemplo de amor e dedicação que delas recebemos. E mesmo a respeito daquelas que já não estão entre nós, que o nosso sentimento seja de gratidão e alegria por cada uma delas.

Para as mães e para os filhos, desejamos

um Feliz Dia das Mães.