Há quase 5 anos, a maternidade faz parte da minha vida com o nascimento do meu primogênito. Nathan, que significa presente de Deus, é fruto de muita oração e foi extremamente desejado. Desde antes de engravidar, já orava muito pela vida dele, foi assim durante a gestação e é até hoje, pois temos sempre que estar vigilantes em oração (Lucas 21:36 e Colossenses 4:2).

            Foi uma gestação de risco pois tive risco de aborto durante o primeiro trimestre e apresentei diabetes gestacional no último trimestre, mas com acompanhamento médico e determinação para seguir todas as restrições, Nathan se desenvolveu normalmente e teve todos os exames dentro dos padrões de normalidade.

            Por causa da diabetes gestacional, o parto acabou tendo que ser antecipado quase vinte dias, pois, se prolongasse a gestação, ele teria o risco de morrer dentro da minha barriga. Então, quando completou 37 semanas gestacionais, o obstetra marcou a data do parto que, para a minha surpresa, foi exatamente no dia do meu aniversário, confirmando que Nathan realmente é um presente de Deus para a minha vida.

            Sendo assim, no dia 25/04/2017, às 17:44h, meu grande presente veio ao mundo. Nasceu cheio de vitalidade, sem precisar de oxigênio, ou qualquer outro tipo de suporte terapêutico.

            Foram minutos em que eu estava radiante com a chegada do meu filho querido, porém ainda na sala de parto, a neonatologista começou a me fazer uma série de questionamentos que de início não compreendi, mas que logo entendi o porquê. Nathan era portador da Síndrome de Down, ou trissomia do 21 (T 21). Naquele momento eu respondi para a médica: “ele é meu filho do mesmo jeito e eu o amo da mesma forma”.

            Logo em seguida, fui transferida para a sala de recuperação (SR) e Nathan para o berçário. Passei quase 2 horas sozinha na SR antes de ir para o quarto e foi um tempo em que eu pude assimilar toda a informação que tive na sala de parto e, também, consegui conversar com Deus, e Ele me fez ver que meu filho era perfeito e que ele veio do jeitinho que Deus planejou. Então, só pedi a Deus que me desse saúde para poder educar meu filho e vê-lo crescer em Seus caminhos.

            Nathan é tão perfeito que não veio com nenhuma comorbidade que pode estar associada a T 21, não tem cardiopatia, não tem má formação de órgãos, não tem perda auditiva, não tem estrabismo e nem redução da acuidade visual.

            Meu filho tem que fazer uma série de acompanhamentos (fonoaudiologia, fisioterapia, terapia ocupacional e psicopedagogia) porque a T 21 leva a um atraso no desenvolvimento motor, mas Deus tem sempre colocado profissionais maravilhosos que deixam essa rotina de terapias mais leve.

            Desde os 5 meses de vida que Nathan já tem a igreja como parte das suas atividades semanais, e isso fez muito bem para ele, pois, na igreja, além do convívio social com outras crianças e adultos, também é trabalhada a musicalização, a disciplina, o respeito e a atenção, além de reforçar os ensinamentos que são dados em casa para que ele possa seguir firme e forte nos princípios do Senhor (Provérbios 22:06).

            A igreja e, principalmente, o departamento infantil, têm sido eessenciais para o desenvolvimento do meu filho, pois é um ambiente no qual ele é bem acolhido e tem aprendido coisas novas sempre, o que tem refletido nos demais locais que ele frequenta. Sou grata a Deus por todas as pessoas que têm se envolvido no ministério infantil e têm abençoado a vida da minha família, para que possamos perseverar juntos (Filipenses 3:14).

Karine Dutra